A candidíase é um dos diagnósticos mais frequentes em ginecologia. Nos países tropicais, é considerada a vaginite aguda mais comum e prurido e corrimento são os principais sintomas apresentados.
Ela é causada pelas várias espécies de Cândida, um fungo comensal da mucosa vaginal e intestinal – esse fungo ajuda no funcionamento normal do organismo, porém, pode tornar-se infeccioso sob determinadas condições, alterando, assim, o ambiente vaginal.
Sendo assim, conclui-se que essa patologia não pode ser considerada uma doença sexualmente transmissível na medida em que o fungo já existe tanto no órgão genital feminino, quanto no masculino.
Os fatores de risco estão relacionados com alterações do pH natural vaginal, propiciando o crescimento do fungo, logo, idade, uso prolongado de antibiótico, hábitos higiênicos inadequados, diabetes mellitus, imunidade baixa e dieta rica em açúcares e farinha estão relacionados com o seu aparecimento.
Vale ainda lembrar que o uso de roupas íntimas justas e/ou sintéticas com pouca aeração nos órgãos genitais e o aumento da umidade também contribuem e são um grande fator de risco.
Diante do exposto, observa-se um aumento considerável de infecção durante o Verão nas regiões tropicais devido a elevação da temperatura e aumento do uso de biquínis e maiôs (material sintético).
Como podemos, então, evitar a Candidíase nesse Verão?
1- Utilize roupas que aumentem a ventilação da região: roupas leves (vestidos/ saias), durma sem calcinha.
2- Evite calcinhas sintéticas, dando preferência as de algodão.
3- Evite produtos íntimos que podem estar associados à alergia (sabonetes, cremes, desodorante íntimo).
4- Evite o uso prolongado de biquínis molhados.
5- Corrija a dieta, caso faça alta ingestão de açúcar.
“Melhor evitar do que remediar”, já diz o ditado, portanto, caso apresente os sintomas, procure seu ginecologista para saber sobre a melhor forma de tratamento.
Autora: Dra. Fernanda Mauro