Prevenir é viver o Carnaval – Doenças Sexualmente Transmissíveis: O que são e como evitar

O carnaval ainda não acabou, e por isso, o cuidado também não pode ser esquecido! A chegada de fevereiro nos remete a folia, samba, confete e festas, porque “em feverê tem Carnaval”. Junto a isso, esse ano, o Ministerio da Saúde vem trazendo um lema novo: “Prevenir é Viver o Carnaval #VamosCombinar”, estimulando o uso de preservativos ( camisinha) tanto para homem quanto para as mulheres. Estudos recentes realizados com brasileiros mostram que quanto mais jovem a população menor é o uso de preservativo – até na primeira relação sexual, além do aumento de 20 % das DST (Doenças sexualmente transmissíveis) após o Carnaval. Essa estatística precisa mudar! Chamamos de DST o conjunto de doenças transmitidas, principalmente, por via sexual e dentre elas encontramos: Clamidia, Gonorreia, HIV, Hepatites, HPV, Tricomoniase, Sifilis. A maior parte delas é prevenida pelo uso correto de preservativo durante as relações sexuais (sexo vaginal, anal e oral). Normalmente são assintomáticas, mas podem ser suspeitadas pelo aparecimento de feridas na região genital e corrimento. Quando não tratadas podem gerar complicações como infecção do útero/ ovário/ trompas, dor pélvica, infertilidade e infecção crônica por hepatite e HIV. Então, mesmo na folia, não se esqueçam de usar o preservativo. Sabidamente ele previne 90% da transmissão de HIV, 96 % Herpes, 75% HPV e é um método de fácil acesso para todos. Mas porque não 100%? Não podemos esquecer que algumas DSTs, como a sífilis, HPV, Herpes podem causar lesões externas e a transmissão pode ser feita apenas pelo contato da pele. Vale lembrar que se a pessoa possuir lesões, que podem ser imperceptíveis, na boca, existe um risco de transmissão pelo beijo. Um exemplo é a Herpes. Compartilhar objetos, como beber no mesmo copo que a pessoa, há um risco teórico de contagio, mas irrelevante estatisticamente. Do mesmo modo que a transmissão por uso de banheiro público, também é considerado irrelevante, mas é recomendado não sentar no assento ou, não encostar o genital. Sabendo disso, aproveite o Carnaval se prevenindo! O preservativo é de fácil acesso, barato, e além de ajudar na prevenção de DSTs evita uma gestação indesejada. #DST #CARNAVAL #ICGO #doençassexualmentetransmissíveis #vamoscombinar

Candidíase: Quais são os cuidados e como evitar?

A candidíase é um dos diagnósticos mais frequentes em ginecologia. Nos países tropicais, é considerada a vaginite aguda mais comum e prurido e corrimento são os principais sintomas apresentados. Ela é causada pelas várias espécies de Cândida, um fungo comensal da mucosa vaginal e intestinal – esse fungo ajuda no funcionamento normal do organismo, porém, pode tornar-se infeccioso sob determinadas condições, alterando, assim, o ambiente vaginal. Sendo assim, conclui-se que essa patologia não pode ser considerada uma doença sexualmente transmissível na medida em que o fungo já existe tanto no órgão genital feminino, quanto no masculino. Os fatores de risco estão relacionados com alterações do pH natural vaginal, propiciando o crescimento do fungo, logo, idade, uso prolongado de antibiótico, hábitos higiênicos inadequados, diabetes mellitus, imunidade baixa e dieta rica em açúcares e farinha estão relacionados com o seu aparecimento. Vale ainda lembrar que o uso de roupas íntimas justas e/ou sintéticas com pouca aeração nos órgãos genitais e o aumento da umidade também contribuem e são um grande fator de risco. Diante do exposto, observa-se um aumento considerável de infecção durante o Verão nas regiões tropicais devido a elevação da temperatura e aumento do uso de biquínis e maiôs (material sintético). Como podemos, então, evitar a Candidíase nesse Verão? 1- Utilize roupas que aumentem a ventilação da região: roupas leves (vestidos/ saias), durma sem calcinha. 2- Evite calcinhas sintéticas, dando preferência as de algodão. 3- Evite produtos íntimos que podem estar associados à alergia (sabonetes, cremes, desodorante íntimo). 4- Evite o uso prolongado de biquínis molhados. 5- Corrija a dieta, caso faça alta ingestão de açúcar. “Melhor evitar do que remediar”, já diz o ditado, portanto, caso apresente os sintomas, procure seu ginecologista para saber sobre a melhor forma de tratamento. Autora: Dra. Fernanda Mauro #Candidíase #verão #cuidadosíntimos #candida #biquini

Ovários Policísticos: O que são? Quais as chances de engravidar?

Muitos estudos têm sido feitos sobre algumas síndromes, que são um conjunto de sinais e sintomas observáveis em vários processos patológicos diferentes e sem causa específica.A síndrome dos ovários policísticos, que trataremos aqui, é uma desordem endócrina comum (relacionada com produção hormonal) que acomete 5-10% das pacientes na idade reprodutiva. Encontramos diversas formas de apresentação, sinais e sintomas variados e controvérsias na sua classificação.Como se trata de uma síndrome, o diagnóstico esta baseado em critérios clínicos (queixas da paciente, sinais apresentados no exame físico), laboratoriais (exame de sangue especifico) e ultrassonografia pélvica com avaliação ovariana, sendo assim, somente um desses não fecha o diagnóstico da doença, ou seja, cistos ovarianos ou microcistos ovarianos isolados não caracterizam a Síndrome dos Ovários Policísticos. Por se tratar de uma doença de múltiplas causas, como genética, metabólica e endócrina, o estilo de vida é um fator importante para o seu aparecimento. Na adolescência, a irregularidade menstrual, acne e ganho de peso costumam estar presentes e, na idade adulta, a infertilidade e o crescimento excessivo de pêlos são os principais sintomas que fazem a paciente procurar o ginecologista.O tratamento na adolescente é baseado em regularizar a menstruação e melhorar a acne, e os pêlos excessivos – quando necessário – com ajuda de uma dermatologista.Na fase adulta, apesar do pavor da infertilidade, a maior parte das pacientes costuma engravidar de forma espontânea apenas com mudanças no estilo de vida, ou seja, dieta e exercício físico são fundamentais. Também pode ser necessário, para melhorar os desfechos reprodutivos e evitar problemas cardiovasculares, o controle metabólico em pacientes com diagnóstico de resistência a insulina, conhecida como “pré diabetes”. Com a evolução das técnicas reprodutivas, existem diversas formas de tratamento, caso os de primeira linha sejam ineficazes, e as pacientes estarão mais próximas do tão almejado sonho de ser mãe.Então, antes de ter um diagnóstico pelo “Dr Google” e decretar a impossibilidade de reprodução, procure o seu ginecologista para se informar do melhor. #infertilidade #anovulação #engravidar #Ováriopolicísticos

Cistos Para-Ovarianos

Esses cistos em sua maioria se formam entre os folhetos do peritônio. Podem atingir tamanhos variáveis e deformar as estruturas ao seu lado, ovário e trompa. Sua origem vem das células embrionárias remanescentes dos Ductos Mensonefricos ou de Wolff. Se apresentam nos pacientes como cistos unilaterais, uniloculados, paredes finas, forma regular com conteúdo de liquido claro. O seu tratamento e cirúrgico por vídeo-laparoscopia, deve se ter muito cuidado na cirurgia com lesões de ureter, pedículos uterinos além de ovário e tubas uterinas.

Tratamentos para Endometriose

A escolha do tipo de tratamento para a endometriose a ser utilizado depende de vários fatores mas pode ser feito clinicamente, à base de hormônios, ou com intervenção cirúrgica, em casos específicos, para a retirada de focos da doença. “Existem diversas opções para o controle clínico hormonal. Pode-se utilizar progesterona isoladamente ou terapia hormonal combinada, como os contraceptivos orais. Usam-se também medicações hormonais injetáveis e, em casos específicos, um dispositivo intrauterino (DIU) à base de progesterona”, afirmou o Dr. Alexandre Stadnik, médico do ICGO. De acordo com ele, o uso de métodos contraceptivos como pílula e DIU influência também no tratamento da patologia. Principalmente no controle da dor, que o sintoma mais comum da doença. “O ideal é que logo nos primeiros sinais de cólicas muito fortes, a jovem procure um médico. Isso pode ser o sinal de endometriose”, contou o Dr. Stadnik. O médico ressalta também, que a cirurgia é uma das opções de tratamento, mas que não deve ser generalizada. Os casos devem ser avaliados individualmente. A escolha deve levar em conta o objetivo principal da paciente, que pode ser: melhora da dor, tratamento de infertilidade ou evitar progressão da doença para órgãos próximos, como intestino e vias urinárias.

Endometrioma e Fertilização in Vitro

Hoje vamos falar sobre a relação do endometrioma e os resultados da fertilização in vitro, muitos estudos sobre o assunto já foram feitos e não existe um consenso sobre o tema. As principais questões envolvem a relação que o endometrioma pode causar nas taxas dos tratamentos para engravidar, além disso se o seu tratamento pode aumentar esses resultados. Os endometriomas podem ser tratados através de medicamentos ou cirurgia. Os medicamentos usados para tratar o endometrioma são: Danazol , Mifepristone , anticontraceptivos orais e análogos do GnRH, contudo os estudos demostraram que o uso dessas medicações podem não melhorar os endometriomas em ate 51% dos casos, e ainda não tiveram melhora nos tratamentos para engravidar. Os tratamentos cirúrgicos são realizados por laparoscopia, varias técnicas já foram descritas para o endometrioma. Contudo o tratamento cirúrgico leva ao risco de uma diminuição das respostas ovarianas nos tratamentos de fertilização in vitro, que pode ocorrer por lesões causadas no ovário submetido a cirurgia e assim piores taxas de sucesso. Uma meta-análise de 2015, revisou vários trabalhos que abortaram esse tema. Foram usados 33 estudos para a revisão. Os principais parâmetros avaliados foram: Taxa de Nascidos Vivos, Taxa de gestação clinica, número de óvulos aspirados por ciclo, taxa de implantação. O artigo comparou vários grupos de pacientes: – Pacientes com endometrioma submetidos a fertilização in vitro sem nenhuma intervenção X Pacientes sem nenhum tipo de endometriose submetidos a fertilização in vitro – Pacientes com endometrioma operados por laparoscopia submetidos a fertilização in vitro X Pacientes com endometrioma não operados submetidos a fertilização in vitro – Pacientes com endometrioma operado por laparoscopia com técnica de cistectomia X Pacientes submetidos a aspiração do endometrioma por ultrassonografia. Os Autores concluíram que não houve diferenças estatísticas para os parâmetros avaliados entre os grupos. Dessa forma o endometrioma não deve ser abordado e parece não influenciar nos resultados da fertilização in vitro, contudo mais estudos devem ser realizados para uma melhor definição desses casos.

O que é a infecção por Clamídia?

A Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram negativa que necessita da célula hospedeira para a sua nutrição e reprodução . Faz parte do grupo das DSTs, sendo que essa infecção atinge principalmente jovens sexualmente ativos entre 15 e 24 anos que não utilizam regularmente preservativos. É uma das principais infecções relatadas nos EUA, com mais de 1,5 milhão de casos em 2015 Quais os principais sintomas? A infecção pode causar cervicite (colo do útero friável, que sangra facilmente), secreção purulenta na vagina ou uretra, além de dor ao urinar. Algumas vezes acarreta a doença inflamatória pélvica, que é a ascensão da infecção para o trato genital superior como útero, trompas e ovários, causando dor pélvica importante. 1 a cada 4 mulheres com infecção por clamídia serão assintomáticas, podendo inclusive apresentar endometrite ou salpingite subclínicas que se não tratadas poderão trazer sequelas reprodutivas como infertilidade por fator tubário e gestação ectópica. Como evitar ou diagnosticar precocemente a infecção? Utilize regularmente preservativos, fique atenta aos principais sintomas e visite seu ginecologista regularmente. Diante de uma suspeita clínica testes diagnósticos serão solicitados.

Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre HPV (Papilovírus Humano)

HPV é a sigla em inglês para Human Papiloma Virus. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar o trato genital. Destes, 12 são de alto risco e podem provocar câncer (oncogênicos) e outros de baixo risco que podem causar verrugas genitais (condilomas). Porque eu devo me preocupar com o vírus do HPV? Os HPV de alto risco estão relacionados com o desenvolvimento do câncer de colo uterino. Os tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo mundo (cerca de 70%). Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar. Atualmente o câncer de colo uterino é a quarta causa de morte entre mulheres com câncer no Brasil. Os HPV quando de baixo risco (tipos 6 e 11), apesar de não oferecerem nenhum risco de progressão para malignidade, são os responsáveis por verrugas genitais (ou condilomas genitais) e papilomas laríngeos. Como o HPV é transmitido? O vírus HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição, e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também por meio de contato com a mão. Como muitas pessoas portadoras do HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que são portadoras do vírus, mas podem transmiti-lo. É importante ressaltar que a infecção pelo o vírus do HPV não é contra-indicação para o parto via vaginal, a não ser nos casos que haja obstrução do canal vaginal por um condiloma. Como me previno da transmissão do vírus do HPV? A transmissão do HPV se faz por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Na maioria das vezes (95%), é transmitido através da relação sexual, mas em 5% das vezes poderá ser através das mãos contaminadas pelo vírus, objetos, toalhas e roupas, desde que haja secreção com o vírus vivo em contato com a pele ou mucosa não íntegra. As medidas de prevenção mais importantes são: Uso do preservativo (camisinha) nas relações sexuais. É importante ressaltar que o seu uso, apesar de prevenir a maioria das DSTs, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual. Evitar ter muitos parceiros ou parceiras sexuais. Realizar a higiene pessoal. Vacinar-se contra o HPV. O uso do preservativo impede totalmente o contágio pelo HPV? Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% a transmissão do HPV e seu uso é sempre recomendável, pois é um método eficaz na prevenção de inúmeras doenças como a AIDS, as hepatites B, C e Delta e a sífilis. Como eu descubro se tenho o vírus do HPV? Na verdade a maioria das mulheres já tiveram contado com o vírus do HPV, geralmente, as defesas imunológicas do corpo são suficientes para eliminar o vírus. O que acontece é que só uma parcela desenvolve a doença clínica. Que pode ser através de verrugas genitais ou alterações nas células do colo uterino, estas que só são diagnosticadas através da coleta do preventivo (Papanicolau). Qual é a chance de eu me contaminar com o vírus após exposição? A taxa de transmissibilidade depende tanto dos fatores virais quanto do hospedeiro, mas de uma forma geral, o risco de transmissão é de 65% para as lesões verrucosas e 25% para as lesões subclínicas. Assim, pode-se dizer que o HPV é o principal vírus relacionado com as DST em qualquer lugar do mundo. Como nas infecções latentes não há expressão viral, estas infecções não são transmissíveis. Porém, a maioria das infecções é transitória. Na maioria das vezes, o sistema imunológico consegue combater de maneira eficiente esta infecção alcançando a cura, com eliminação completa do vírus, principalmente entre as pessoas mais jovens. Quanto tempo após eu ter tido contato com o vírus eu posso desenvolver a doença? A maioria dos indivíduos consegue eliminar o vírus naturalmente em cerca de 18 meses, sem que ocorra nenhuma manifestação clínica. O período necessário para surgirem as primeiras manifestações da infecção pelo HPV é de aproximadamente 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos. Assim, devido a esta ampla variabilidade para que apareça uma lesão, torna-se praticamente impossível determinar em que época e de que forma um indivíduo foi infectado pelo HPV. Como eu posso me prevenir do câncer de colo uterino? Realizando a coleta do preventivo (Papanicolau). O exame deve ser feito, preferencialmente, pelas mulheres entre 25 a 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual. Os dois primeiros exames devem ser feitos com intervalo de um ano e, se os resultados forem normais, o exame passará a ser realizado a cada três anos, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. Nos casos que haja doença clínica, dependendo do tipo, os tratamentos existentes têm o objetivo de reduzir, remover ou destruir as lesões proporcionadas pelo HPV. São eles: químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade. Vacinação Já é oferecida no SUS gratuitamente para meninas de 9 a 13 anos. A vacina é segura, eficaz e a principal forma de prevenção contra 4 tipos do HPV (6, 11, 16, 18). A partir de janeiro de 2017 também será oferecida gratuitamente para meninos entre 12 e 13 anos. São apenas duas doses da vacina, sendo que a segunda acontece 6 meses após

Miomas nas pacientes com infertilidade, qual a conduta atual?

Os miomas são tumores das células musculares é são os tumores ginecológicos mais comuns nas mulheres em idade reprodutiva. São geralmente encontrados em casais que estão em investigação de infertilidade. São relacionados a hormônios sendo a sua relação com estrogênio muito importante. Eles são classificados quanto a localização no útero, podendo ser subseroso (na parte externa do útero) intramural (na parede muscular do útero) ou submucos (na parte interna do útero). O diagnostico pode ser feito pelo exame físico e métodos de imagem. A ultrassonografia e um método adequado, seguro e de baixo custo, podendo evidenciar miomas de ate 4-5mm de diâmetro. Contudo em casos de muitos miomas e profissionais pouco experientes esse exame pode apresentar limitações diagnosticas. A ressonância nuclear magnética e o método de diagnostico com maior sensibilidade 100% e com especificidade de 91%. A relação dos miomas e a infertilidade e muito controversa. A incidência de miomas em mulheres com infertilidade esta em torno de 5% a 10%, contudo em uma nova pesquisa que exclui outras causas de infertilidade, relata que apenas 1% dessas mulheres evidenciaram miomas. Varias hipóteses foram formuladas para relacionar os miomas e a infertilidade. O fluxo sanguíneo alterado em locais com miomas além de processo inflamatório causado pelo mesmo, podem estar relacionados as falhas de implantações de embriões. Além disso o tumor pode alterar os padrões de contrações do musculo uterino (miométrio) tornando a movimentação espermática e do ovulo assim como a migração do embrião deficientes. Entre 2001 e 2010 6 revisões sistemáticas investigando a relação dos miomas e da infertilidade foram realizadas. A conclusão em todas essas revisões, foi uma redução da fertilidade de mulheres com miomas. Os miomas subserosos parecem não ter influencia nas taxas de gravidez, todos os estudos concordam com esse achado. O mioma intramural ainda é um tema controverso, vários trabalhos demostraram que esse tipo de tumor pode ter relação com a infertilidade, contudo devido a variedade de tamanho e quantidade de miomas encontrados podem fazer com que esses trabalhos tenham erros estatísticos. O mioma submucoso e o tipo de lesão que existe maior relação com a infertilidade. Dessa forma cada paciente deve ser individualizada quando portadora de miomas intramural para seu tratamento é todos os miomas submucosos devem ser abordados por umas das técnicas de tratamento disponíveis que será discutido em outro post em breve Fonte: J Obst Gynaecol Can 2016;37(3)277-285

O que são Pólipos Uterinos ?

O pólipo uterino, também conhecido como pólipo endometrial, consiste no crescimento excessivo de células na parede interna do útero, formando bolinhas semelhantes a cistos que se estendem para o interior do útero.