A ACOG (american congress of obstetricians and gynecologists) recomenda desde 2013 e reforçou esta recomendação em 2016 o uso de aspirina na dose de 81 mg diários para pacientes de alto e moderado risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia.

São considerados fatores de alto risco para o desenvolvimento da doença, mulheres que:

• Tiveram história de pré-eclâmpsia em gestação anterior, especialmente aquelas com desfecho negativo (parto prematuro, crescimento intrauterino restrito, natimorto)

• Gestação múltipla

• Hipertensão crônica

• Diabetes (Tipo 1 ou Tipo 2)

• Doença renal

• Doença autoimune ( Lúpus ou SAF )

Estudos demonstraram redução significativa na morbidade e mortalidade materna e neonatal, se a terapia com AAS for iniciada até o final do primeiro trimestre. Foi demonstrada também a redução em aproximadamente 10% do parto prematuro, pre-eclâmpsia, morte perinatal e crescimento intrauterino restrito.

Outras intervenções como a suplementação de vitamina C e E não demonstraram ser eficazes na prevenção da doença. A suplementação com cálcio só demonstrou resultado quando administrada em pacientes com deficiência (consumo menor que 600 mg diários). Enquanto a deficiência da vitamina D pode estar relacionada com a pré-eclâmpsia, porém não existe nenhuma evidência suficiente que comprove que a sua suplementação previna a doença.

Estratégias antigamente recomendadas como a restrição de sal na alimentação e repouso não demonstraram serem efetivas na prevenção da pré-eclampsia, portanto, não devem ser mais sugeridas.

Bibliografia:

(1) American College of Obstetricians and Gynecologists. Hypertension in pregnancy. Washington, DC: American College of Obstetricians and Gynecologists; 2013. Available at: http://www.acog.org/Resources-And-Publications/Task-Force-and-Work-Group-Reports/Hypertension-in-Pregnancy. Retrieved July 7, 2016.

(2) Henderson JT, Whitlock EP, O’Connor E, Senger CA, Thompson JH, Rowland MG. Low-dose aspirin for prevention of morbidity and mortality from preeclampsia: a systematic evidence review for the U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med 2014;160:695-703.

(3) LeFevre ML. Low-dose aspirin use for the prevention of morbidity and mortality from preeclampsia: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. U.S. Preventive Services Task Force. Ann Intern Med 2014;161:819-26.

(4) World Health Organization. WHO recommendations for prevention and treatment of pre-eclampsia and eclampsia. Geneva: WHO; 2011. Available at: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/44703/1/9789241548335_eng.pdf. Retrieved July 7,2016.

(5) National Institute for Health and Care Excellence. Quality statement 2: Antenatal assessment of pre-eclampsia risk. In: Hypertension in pregnancy. Manchester: NICE; 2013. p. 16-9. Available at: https://www.nice.org.uk/guidance/qs35/resources/hypertension-in-pregnancy-2098607923141. Retrieved July 7, 2016.